A TRANSBRASIL E SEUS BANDEIRANTES: UMA EXPLOSÃO DE CORES NOS CÉUS DO BRASIL

A Transbrasil, companhia aérea brasileira que marcou época, ficou conhecida não apenas por seus serviços, mas também pela ousadia e vivacidade de suas aeronaves. Em meados da década de 1970, a empresa adotou uma estratégia inovadora e chamativa: pintar seus aviões, incluindo os turboélices Embraer EMB-110 Bandeirante, com uma vibrante e variada paleta de cores.

 

Essa decisão partiu do próprio fundador da Transbrasil, Omar Fontana, um empresário visionário que buscava diferenciar sua companhia no competitivo mercado da aviação. A mudança para um esquema de cores mais alegre e diversificado coincidiu com a alteração da razão social da empresa para Transbrasil S.A. Linhas Aéreas, por volta de 1973. A intenção era transmitir uma imagem de modernidade, otimismo e brasilidade.

 

A ideia era que cada aeronave, ou ao menos grupos delas, ostentasse combinações de cores únicas, transformando os aeroportos em verdadeiros arco-íris. Relatos indicam que os primeiros EMB-110 Bandeirante recebidos pela Transbrasil já vieram com essa nova identidade visual. Um dos esquemas de pintura iniciais para o Bandeirante incluía uma barriga vermelha com a parte superior em ocre. Outra aeronave do mesmo modelo foi pintada em tons de verde, inspirada na exuberância da Amazônia.

 

Essa abordagem colorida não se restringiu aos Bandeirantes, estendendo-se aos jatos de maior porte da frota da Transbrasil. A estratégia de marketing de Omar Fontana se mostrava eficaz, tornando as aeronaves da Transbrasil facilmente reconhecíveis e gerando um forte apelo visual, que até hoje é lembrado com nostalgia por entusiastas da aviação e passageiros da época. A pintura vibrante dos Bandeirantes e de outras aeronaves da frota refletia um período de inovação e crescimento para a Transbrasil, que buscava se consolidar como uma das principais companhias aéreas do país.